A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou no mês passado que o poliovírus também foi detectado em amostras de esgoto de Khan Younis e Deir Al-Balah, e autoridades de saúde estão alertando sobre as consequências potencialmente catastróficas se uma campanha de vacinação não puder ser realizada imediatamente.
Nahed Abu Iyada, Oficial de Campo do Programa de Saúde da CARE na Cisjordânia e Gaza, alertou sobre o desastre iminente: “Sem um cessar-fogo imediato e acesso a vacinas e ajuda humanitária, Gaza enfrenta um desastre de saúde pública que colocará em risco crianças em toda a região e além.”
O sistema de saúde em Gaza, já severamente danificado pelas hostilidades em andamento, está lutando para fornecer até mesmo cuidados básicos, deixando muitas crianças sem vacinação. Pelo menos 50,000 crianças nascidas durante os últimos 10 meses de conflito provavelmente não receberam nenhuma imunização, enquanto os calendários de vacinação de crianças mais velhas foram interrompidos pela violência e pelo deslocamento.
Mais de um milhão de doses da vacina nOPV2 e 500 portadores de vacina foram entregues à sala de cadeia fria em Deir Al-Balah, e a campanha de vacinação da primeira rodada está planejada para ser lançada a partir de 31 de agosto. A segunda fase começará em setembro, mas o conflito em andamento apresenta desafios significativos ao processo de distribuição.
Autoridades de saúde dizem que o sucesso da campanha depende de as autoridades permitirem a rápida entrada de vacinas e equipamentos de cadeia de frio em Gaza.
Horas, não semanas para salvar vidas